22.1.24

Uma breve história do tempo das Fofoletes

Há 25 anos, a Estrela lançava as duas primeiras coleções de Fofoletes. Era 1999 e fazia quase o mesmo que a Trol havia iniciado os lançamentos de Fofoletes no Brasil (1978). Eu já não era mais criança, mas caí no apelo da divulgação das primeiras "bonequinhas da sorte", "do tamanho de uma caixinha de fósforo"; e mais de 20 anos depois, também me apaixonei pela "pequenininha, superfofinha, uma gracinha".
As Fofoletes hoje são objeto do desejo de pessoas que se dizem saudosistas do tempo de lançamento das bonequinhas, quando ainda eram crianças. Eu tenho minhas dúvidas sobre esta abordagem. Minhas filhas tinham 10 e 4 anos quando a Estrela começou a lançar Fofoletes e foi para elas que comprei as primeiras coleções. Elas não só rejeitaram as bonecas, como hoje não têm nenhuma memória afetiva em relação a elas.
Na minha opinião, Fofoletes e outros brinquedos do tipo, que não atraem muito as crianças, servem para adultos. Meninas e meninos podem até usar as bonequinhas em brincadeiras genéricas, mas não sentem atração como ocorre com outros brinquedos. Então cabe a nós preservar a tal "memória afetiva" cuidando das bonecas e acompanhando os já raros lançamentos.
Só para recordar: a Trol encerrou suas atividades nos anos de 1990, depois de produzir Fofoletes (conhecidas hoje pelos olhinhos azuis), palhaços, Minuches e outras variantes em tamanhos diferentes. A Estrela começou a lançar Fofoletes em 1999 e, até 2015, produziu cerca de 30 coleções. Só em 2022 voltou a colocar no mercado uma série nova de seis bonequinhas, que chamo de Bebezinhas. A partir de então, passamos a sonhar até com alguma reedição de bonecas já lançadas.